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Aedes Aegypti

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Aedes (Stegomyia) Aegypti (aēdēs do grego αηδής: "odioso" e ægypti do latim, significando "do Egipto") é a nomenclatura taxonômica para o mosquito que é popularmente conhecido como mosquito-da-dengue ou pernilongo-rajado, uma espécie de mosquito da família Culicidae proveniente da África, atualmente distribuído por quase todo o mundo, especialmente em regiões tropicais e subtropicais, sendo dependente da concentração humana no local para se estabelecer.

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O mosquito está bem adaptado a zonas urbanas, mais precisamente ao domicílio humano, onde consegue reproduzir-se e pôr os seus ovos em pequenas quantidades de água limpa e parada, isto é, pobres em matéria orgânica em decomposição e sais (que confeririam características ácidas à água), que preferivelmente estejam sombreados e no peridomicílio.

Atualmente, foi descoberto que a fêmea não se reproduz somente em água limpa e parada, pelo contrário. O mosquito pode se reproduzir em águas com altos níveis de poluição, como o esgoto por exemplo. A fêmea observa vários fatores influenciáveis ao crescimento das larvas, como a temperatura, luminosidade e resquícios de matéria orgânica. As larvas do Aedes são sensíveis à luz, o que faz com que se desenvolvam bem em águas turvas.

As fêmeas, para realizar a hematofagia, podem percorrer até 2 500 metros. É considerado vetor de doenças graves, como DengueFebre Amarela, Febre Zica e Chikungunya. O controle das suas populações é considerado assunto da saúde pública e há comprovação científica de que o controle do Aedes Aegypti tem custo menor para os governos do que o tratamento às doenças causadas por este vetor.

Aedes Aegypti é um mosquito que se encontra ativo e pica durante o dia, ao contrário do Anopheles, vector da malária, que tem atividade crepuscular. O Aedes Aegypti tem, como vítima preferencial, o ser humano, e não faz praticamente som audível antes de picar. Mede menos de 1 centímetro e é preto com manchas brancas no corpo e nas pernas.

O seu controle é difícil, por ser muito versátil na escolha dos criadouros onde deposita seus ovos, que são extremamente resistentes, podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água propicie a incubação. Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto. Como em quase todos os outros mosquitos, somente as fêmeas se alimentam de sangue para a maturação de seus ovos. Os machos se alimentam apenas de substâncias vegetais e açucaradas.

Por se adaptar bem a vários recipientes, a expansão deste mosquito a partir do seu habitat original foi rápida. O Aedes Aegypti foi introduzido na América do Sul através de barcos provenientes de África. Nas Américas, admite-se que sua primeira colonização sobre o Novo Mundo ocorreu através dos navios negreiros no período colonial junto com os escravos. No Brasil, o Aedes Aegypti havia sido erradicado na década de 1950; entretanto, nas décadas de 1960 e 1970, ele voltou a colonizar esse país, vindo de países vizinhos que não haviam conseguido promover a sua total erradicação.

Aedes Aegypti está presente nas regiões tropicais de África e da América do Sul, chegando à Ilha da Madeira, em Portugal e ao estado da Flórida, nos Estados Unidos. Nessa zona, o Aedes Aegypti tem vindo a declinar, graças à competição com outra espécie do mesmo gênero, o Aedes albopictus. Este fato, porém, não trouxe boas notícias, uma vez que o Aedes albopictus é, também, um vetor da dengue, bem como de vários tipos de encefalite equina. No Brasil, o único que transmite a dengue é o Aedes Aegypti. A competição entre as duas espécies ocorre devido ao fato de a fêmea do Aedes Aegypti se acasalar tanto com o macho de sua espécie quanto com o macho do Aedes albopictus, que é mais agressivo e que, sendo de outra espécie, gera ovos inférteis, reduzindo, assim, a população de Aedes Aegypti.


Repelentes baseados no composto DEET (N,N-dietilmetatoluamida) são recomendados contra o Aedes Aegypti.


Importância da prevenção e a possibilidade de urbanização da doença


Quando ocorre uma grande epizootia, o risco de casos humanos acontecerem aumenta, pois a circulação do vírus se torna mais intensa. Porém, é importante destacar que, diferentemente dos animais, as pessoas possuem um meio eficaz de se prevenir: a vacina. A lista de municípios com recomendação de vacina pode ser conferida no site do Ministério da Saúde. Pessoas que vão viajar para estas localidades também devem se vacinar com, pelo menos, dez dias de antecedência.

Além de seguir as recomendações para imunização, é importante intensificar o combate ao Aedes aegypti nas cidades, para prevenir um possível retorno da forma urbana da febre amarela. Um estudo liderado pelo IOC em parceria com o Instituto Pasteur, na França, demonstrou, em testes de laboratório, que mosquitos fluminenses das espécies Aedes aegyptiAedes albopictusHaemagogus leucocelaenus e Sabethes albipirvus são altamente suscetíveis à transmissão das linhagens virais da febre amarela que circulam no Brasil e na África. A competência vetorial dos mosquitos Aedes também foi verificada em Manaus e, em menor grau, em Goiânia. Confira todos os detalhes do estudo clicando aqui.

Combater o Aedes aegypti é fundamental para reduzir o risco da reintrodução do ciclo urbano da febre amarela, assim como para enfrentar a dengue, a Zika e a chikungunya, lembrando que eliminar os criadouros é uma das principais formas de combater o vetor. Diferentemente das espécies silvestres, que colocam seus ovos nos ocos das árvores, o Aedes aegypti prefere os criadouros artificiais, comuns no ambiente domiciliar. Por isso, é preciso vedar as caixas d’águas, colocar tela nos ralos e descartar adequadamente os objetos que podem acumular água.


Livros:
O Representante Farmacêutico - Buscando a Efetividade: 5 Importantes Características (Série O Representante Farmacêutico Livro 2)
O Representante Farmacêutico e a Solidão: Superando pelo Exemplo (Série O Representante Farmacêutico Livro 1) Visita Médica Produtiva: Conexão Emocional A EXPERIÊNCIA (ARTIGOS ESCRITOS COM FOCO NO MERCADO FARMACÊUTICO BRASILEIRO Livro 2) 

Painel Médico: Mantenha o Controle
 Motivação: Estruturação da Força de Vendas - Desenvolvendo equipes na Indústria Farmacêutica Visita Médica Produtiva: Criando uma Conexão Emocional (ARTIGOS ESCRITOS COM FOCO NO MERCADO FARMACÊUTICO BRASILEIRO Livro 1) Liderança: Desenvolvendo equipes na Indústria Farmacêutica - Estruturação da Força de Vendas

Colocando o Painel Médico na Academia: Série Painel Médico Livro 1 

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Haemagogus Leucocelaneaus

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O Aedes aegypti, esse minúsculo voador tornou-se o principal desafio da saúde pública do país por ser vetor de moléstias que se transformaram em epidemias responsáveis pela morte de milhares de pessoas. O inimigo agora é outro. Bem parecido, mas outro. Atende por Haemagogus Leucocelaneaus, como foi batizado o mosquito transmissor da Febre Amarela silvestre, doença que se espalha pelo país e tem levado as pessoas a formar filas gigantescas nos postos de vacinação.

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Pivô de todo esse alvoroço, o Haemagogus é imperceptível quando alça voo. Mesmo parado, é preciso uma lente de aumento para vê-lo em destaque. O gênero Haemagogus guarda parentesco com o Aedes aegypti. Eles têm em comum o tamanho – em média, 5 milímetros –, a expectativa de vida – em torno de 30 dias –, e a capacidade de aterrorizar. Possuem semelhanças não só morfológicas, mas também fisiológicas. Compartilham, por exemplo, a facilidade de abrigar vírus como o da Febre Amarela em seu organismo e transmiti-los aos humanos. Não à toa a denominação Haemagogus vem do grego, tem o mesmo radical das palavras hemograma e hemofilia e significa “condutor de sangue”.

No mais, eles são opostos em tudo. Para distinguir um do outro, a melhor maneira é atentar às patas: a do Aedes tem riscas brancas. Porém, nenhuma diferença é tão marcante quanto o habitat de cada um deles. O Aedes vive em ambiente urbano e adora aconchegar-se em um domicílio, enquanto seu colega tem as preferências de um matuto. O Haemagogus habita florestas, matas, cerrados e regiões similares. Tem predileção especial pela copa das árvores, por razões interesseiras. Lá no alto ficam seus alvos preferidos: macacos, bugios, saguis e demais primatas que lhe podem fornecer sangue. Consegue sustentar voo por mais de 5 quilômetros. Geralmente faz isso ao entardecer, aproveitando a brisa que sopra na transição do dia para a noite. Está sempre à procura de comida e local para desovar. Seletiva, a fêmea de Haemagogus escolhe sempre o oco das árvores ou de um galho caído para a desova. Trata-se de tarefa complexa, mesmo para quem, como o Haemagogus, é capaz de percorrer grandes distâncias. Nessa busca, pode transitar de uma área de mata fechada a outra ou mesmo se bandear para as franjas de uma floresta. Essa facilidade de deslocamento e a possibilidade de voar longe estão na origem da expansão da Febre Amarela silvestre que agora tanto amedronta os brasileiros.

Nas florestas das Américas, quem transmite o vírus são os mosquitos silvestres dos gêneros Haemagogus Leucocelaneaus. Os mosquitos, quando contaminados, transmitem o vírus principalmente para os macacos e acidentalmente para as pessoas do campo, que estão em contato com a floresta.

Esses mosquitos dependem das florestas para sua manutenção, se reproduzem em ocos e cascas de árvores e se alimentam do sangue de animais, principalmente dos primatas nas copas das árvores.



Nos macacos, este o surto de Febre Amarela, de fato é uma tragédia. Os macacos são vulneráveis ao vírus, e a quantidade de mortes e a velocidade com que isso tem acontecido é preocupante. Nesta situação, das duas uma, ou sobrarão os macacos mais resistentes ao vírus ou restarão os vírus menos virulentos na região (pois o vírus também depende do hospedeiro para a sua manutenção, e aquele vírus que mata deixa de se reproduzir no macaco morto). Entretanto, como as populações e grupos de primatas são pequenas e fragmentadas (ameaçadas de extinção), infelizmente, é esperado como consequência muitas extinções locais. Vacinar as pessoas na área de risco, principalmente aquelas que estão em contato com a floresta, é uma medida preventiva que protege a população humana, mas que também pode reduzir a circulação e a transmissão do vírus para os primatas.



Febre Amarela





Assim como as outras espécies silvestres, esses mosquitos também possuem seu papel ecológico nos ambientes naturais, ainda que exista controvérsia sobre se esse papel é indispensável.

Entretanto, é importante ressaltar que esses mosquitos da floresta não são vilões, porque assim como as pessoas leigas e desinformadas partem para combater a Febre Amarela tentando matar os macacos, tentam matar também os mosquitos da pior forma, ateando fogo nas florestas e/ou jogando veneno.

Vale destacar que a Organização Pan-Americana da Saúde lançou um alerta epidemiológico para todas as Américas. No Brasil, o surto não está restrito à Bacia do Rio Doce, em Minas Gerais e Espírito Santo, como se tem ventilado. Acontece que há muitos anosFebre Amarela está avançando para o leste de Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia, áreas consideradas de risco potencial para a doença. O problema é que o vírus chegou e encontrou a população não imunizada na região e rapidamente se espalhou.

A medida mais importante para prevenir e controlar a Febre Amarela é a vacinação da população. Os seres humanos são mais resistentes ao vírus (foi o homem quem introduziu o vírus nas Américas), podem funcionar como reservatórios resistentes, aumentando a circulação do vírus entre regiões e ambientes silvestres, e podendo até levar o vírus ao ambiente urbano novamente.


Importância da prevenção e a possibilidade de urbanização da doença


Quando ocorre uma grande epizootia, o risco de casos humanos acontecerem aumenta, pois a circulação do vírus se torna mais intensa. Porém, é importante destacar que, diferentemente dos animais, as pessoas possuem um meio eficaz de se prevenir: a vacina. A lista de municípios com recomendação de vacina pode ser conferida no site do Ministério da Saúde. Pessoas que vão viajar para estas localidades também devem se vacinar com, pelo menos, dez dias de antecedência.

Além de seguir as recomendações para imunização, é importante intensificar o combate ao Aedes aegypti nas cidades, para prevenir um possível retorno da forma urbana da febre amarela. Um estudo liderado pelo IOC em parceria com o Instituto Pasteur, na França, demonstrou, em testes de laboratório, que mosquitos fluminenses das espécies Aedes aegyptiAedes albopictusHaemagogus leucocelaenus e Sabethes albipirvus são altamente suscetíveis à transmissão das linhagens virais da febre amarela que circulam no Brasil e na África. A competência vetorial dos mosquitos Aedes também foi verificada em Manaus e, em menor grau, em Goiânia. Confira todos os detalhes do estudo clicando aqui.

Combater o Aedes aegypti é fundamental para reduzir o risco da reintrodução do ciclo urbano da febre amarela, assim como para enfrentar a dengue, a Zika e a chikungunya, lembrando que eliminar os criadouros é uma das principais formas de combater o vetor. Diferentemente das espécies silvestres, que colocam seus ovos nos ocos das árvores, o Aedes aegypti prefere os criadouros artificiais, comuns no ambiente domiciliar. Por isso, é preciso vedar as caixas d’águas, colocar tela nos ralos e descartar adequadamente os objetos que podem acumular água.


Livros:
O Representante Farmacêutico - Buscando a Efetividade: 5 Importantes Características (Série O Representante Farmacêutico Livro 2)
O Representante Farmacêutico e a Solidão: Superando pelo Exemplo (Série O Representante Farmacêutico Livro 1) Visita Médica Produtiva: Conexão Emocional A EXPERIÊNCIA (ARTIGOS ESCRITOS COM FOCO NO MERCADO FARMACÊUTICO BRASILEIRO Livro 2) 

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Nas florestas das Américas, quem transmite o vírus são os mosquitos silvestres dos gêneros Sabethes. Os mosquitos, quando contaminados, transmitem o vírus principalmente para os macacos e acidentalmente para as pessoas do campo, que estão em contato com a floresta.

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Esses mosquitos dependem das florestas para sua manutenção, se reproduzem em ocos e cascas de árvores e se alimentam do sangue de animais, principalmente dos primatas nas copas das árvores.



Nos macacos, este o surto de Febre Amarela, de fato é uma tragédia. Os macacos são vulneráveis ao vírus, e a quantidade de mortes e a velocidade com que isso tem acontecido é preocupante. Nesta situação, das duas uma, ou sobrarão os macacos mais resistentes ao vírus ou restarão os vírus menos virulentos na região (pois o vírus também depende do hospedeiro para a sua manutenção, e aquele vírus que mata deixa de se reproduzir no macaco morto). Entretanto, como as populações e grupos de primatas são pequenas e fragmentadas (ameaçadas de extinção), infelizmente, é esperado como consequência muitas extinções locais. Vacinar as pessoas na área de risco, principalmente aquelas que estão em contato com a floresta, é uma medida preventiva que protege a população humana, mas que também pode reduzir a circulação e a transmissão do vírus para os primatas.



Febre Amarela




Assim como as outras espécies silvestres, esses mosquitos também possuem seu papel ecológico nos ambientes naturais, ainda que exista controvérsia sobre se esse papel é indispensável.

Entretanto, é importante ressaltar que esses mosquitos da floresta não são vilões, porque assim como as pessoas leigas e desinformadas partem para combater a Febre Amarela tentando matar os macacos, tentam matar também os mosquitos da pior forma, ateando fogo nas florestas e/ou jogando veneno.

Vale destacar que a Organização Pan-Americana da Saúde lançou um alerta epidemiológico para todas as Américas. No Brasil, o surto não está restrito à Bacia do Rio Doce, em Minas Gerais e Espírito Santo, como se tem ventilado. Acontece que há muitos anos a Febre Amarela está avançando para o leste de Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia, áreas consideradas de risco potencial para a doença. O problema é que o vírus chegou e encontrou a população não imunizada na região e rapidamente se espalhou.

A medida mais importante para prevenir e controlar a Febre Amarela é a vacinação da população. Os seres humanos são mais resistentes ao vírus (foi o homem quem introduziu o vírus nas Américas), podem funcionar como reservatórios resistentes, aumentando a circulação do vírus entre regiões e ambientes silvestres, e podendo até levar o vírus ao ambiente urbano novamente.


Os símios da América do Sul são muito sensíveis ao vírus da febre amarela. Eles adoecem de forma semelhante aos seres humanos e frequentemente morrem. O óbito de macacos em determinada área é um dos principais indícios de circulação do vírus na floresta. Nesse ciclo, a infecção humana ocorre de forma acidental. Ao entrar ou se aproximar de uma área de mata onde há epizootia [mortalidade de macacos], as pessoas não vacinadas podem contrair a infecção através de picadas de mosquitos Haemagogus ou Sabethes infectados, que eventualmente descem da copa das árvores para perto do solo. Sem imunidade à doença, elas serão infectadas.

Diferentes espécies de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes podem transmitir a febre amarela em ambientes silvestres. No Brasil, as mais frequentes são Haemagogus janthinomys e Haemagogus leucocelaenus, insetos considerados vetores primários da forma silvestre da doença, uma vez que suas características genéticas, biológicas e comportamentais são favoráveis para a transmissão, tornando-os capazes de desencadear e manter a circulação do vírus. Entre as espécies do gênero Sabethes, as mais comuns são Sabethes chloropterus e Sabethes albiprivus, mosquitos considerados vetores secundários do vírus, pois não são capazes de sustentar a circulação viral isoladamente, mas podem contribuir para a sua manutenção. Os dois gêneros de insetos podem ser encontrados em florestas de Norte a Sul do país.

Importância da prevenção e a possibilidade de urbanização da doença


Quando ocorre uma grande epizootia, o risco de casos humanos acontecerem aumenta, pois a circulação do vírus se torna mais intensa. Porém, é importante destacar que, diferentemente dos animais, as pessoas possuem um meio eficaz de se prevenir: a vacina. A lista de municípios com recomendação de vacina pode ser conferida no site do Ministério da Saúde. Pessoas que vão viajar para estas localidades também devem se vacinar com, pelo menos, dez dias de antecedência.

Além de seguir as recomendações para imunização, é importante intensificar o combate ao Aedes aegypti nas cidades, para prevenir um possível retorno da forma urbana da febre amarela. Um estudo liderado pelo IOC em parceria com o Instituto Pasteur, na França, demonstrou, em testes de laboratório, que mosquitos fluminenses das espécies Aedes aegypti, Aedes albopictus, Haemagogus leucocelaenus e Sabethes albipirvus são altamente suscetíveis à transmissão das linhagens virais da febre amarela que circulam no Brasil e na África. A competência vetorial dos mosquitos Aedes também foi verificada em Manaus e, em menor grau, em Goiânia. Confira todos os detalhes do estudo clicando aqui.

Combater o Aedes aegypti é fundamental para reduzir o risco da reintrodução do ciclo urbano da febre amarela, assim como para enfrentar a dengue, a Zika e a chikungunya, lembrando que eliminar os criadouros é uma das principais formas de combater o vetor. Diferentemente das espécies silvestres, que colocam seus ovos nos ocos das árvores, o Aedes aegypti prefere os criadouros artificiais, comuns no ambiente domiciliar. Por isso, é preciso vedar as caixas d’águas, colocar tela nos ralos e descartar adequadamente os objetos que podem acumular água.


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