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Haemagogus Janthinomys

Haemagogus Janthinomys


O Vírus da Febre Amarela (YFV) causou um surto severo no Brasil em 2016-2018 que rapidamente se espalhou pela Mata Atlântica em sua região mais populosa sem circulação viral por quase 80 anos.

FA - Febre Amarela

Uma abrangente pesquisa entomológica combinando análise de distribuição, abundância e infecção natural da FAV em mosquitos capturados antes e durante o surto foi realizada em 44 municípios de cinco estados brasileiros.

Leia também:

Sabethes

Haemagogus Leucocelaneaus

Aedes Aegypti

Mosca Tsé-Tsé

Haemagogus Janthinomys

No total, 17.662 mosquitos de 89 espécies foram coletados. Antes da evidência da circulação do vírus, os mosquitos foram testados de forma negativa, mas os vetores tradicionais foram detectados de forma alarmante em 82% dos municípios, revelando alta receptividade à transmissão silvestre. Durante o surto, cinco espécies foram consideradas positivas em 42% dos municípios.

Haemagogus Janthinomys Haemagogus Leucocelaenus são considerados os vetores primários devido à sua grande distribuição combinada com altas taxas de abundância e de infecção natural, contribuindo para a rápida propagação e severidade deste surto. Aedes Taeniorhynchus foi encontrado infectado pela primeira vez, mas como Sabethes Chloropterus e Aedes Scapularis, parece ter um papel potencial local ou secundário por causa de sua baixa taxa de abundância, distribuição e infecção. Não houve evidência de transmissão de YFV por Aedes Albopictus e Aedes Aegypti, embora a primeira tenha sido a espécie mais difundida entre os municípios afetados, apresentando uma importante sobreposição entre os nichos dos vetores silvestres e os antrópicos.

Haemagogus Janthinomys foi encontrado quase que exclusivamente na floresta tropical primária em grande parte da sua extensão e é decididamente arbóreo em hábito, raramente descendo ao nível do solo para morder e somente quando o dossel da floresta foi perturbado. Produz-se principalmente em buracos de árvores, embora muitas vezes seja tomado em armadilhas de oviposição de bambu. Os buracos de árvores são provavelmente altos e inacessíveis nas florestas tropicais da América Central. A jantinimite atinge sua densidade máxima em altitudes entre 100 e 1000 metros. (Arnell 1973: 40)

Pesquisas indicam que o Vírus Mayaro está circulando no Rio de Janeiro e no interior de São Paulo. A doença é transmitida pela picada de mosquito Haemagogus, que vive na mata. Preocupação é que ele possa se adaptar e ser transmitido também pelo Aedes Aegypti.

Descoberto em 1955, o vírus é transmitido pelo mosquito silvestre Haemagogus Janthinomys e endêmico (tem presença contínua) na Amazônia. A preocupação dos especialistas é que o Vírus Mayaro se adapte ao meio urbano e passe também a ser transmitido pelo Aedes Aegypti, vetor de doenças como a Dengue, Zika e Chikungunya.

Os sintomas da febre do Vírus Mayaro são semelhantes aos da Chikungunya. Não há vacina para nenhuma das doenças.

O Ministério da Saúde afirma que não há casos registrados da febre do Vírus Mayaro no país. O órgão ressalta, no entanto, que o diagnóstico do Vírus Mayaro pode ser confundido com o de Chikungunya.

No Rio de Janeiro, onde há evidências de que o Vírus Mayaro contaminou três pacientes, a incidência da Chikungunya aumentou.

De janeiro até o início de maio de 2018, foram 106 casos prováveis de Chikungunya a cada 100 mil habitantes. Em 2019, no mesmo período, a taxa ficou em 121,8 casos prováveis a cada 100 mil habitantes - aumento de quase 15%.

Em números absolutos, o estado do Rio já registrou 20,9 mil casos prováveis de Chikungunya até 4 de maio de 2019. No mesmo período de 2018, o número era de 18,2 mil.

Enquanto surgem evidências sobre o Vírus Mayaro, casos de Dengue Zika continuam a crescer no país.

Houve um aumento de 403,7% nos casos prováveis de dengue neste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado, segundo o Ministério da Saúde. A maior incidência é no estado de Minas Gerais, com 1 mil casos a cada 100 mil habitantes.

Devido à sua capacidade de abrigar e transmitir o vírus e seus hábitos arbóreos, a jantinimia é o principal vetor no ciclo da febre amarela silvestre, que é endêmica em diversas áreas da América do Sul. (Arnell 1973: 40).

Importância da prevenção e a possibilidade de urbanização da doença


Quando ocorre uma grande epizootia, o risco de casos humanos acontecerem aumenta, pois a circulação do vírus se torna mais intensa. Porém, é importante destacar que, diferentemente dos animais, as pessoas possuem um meio eficaz de se prevenir: a vacina. A lista de municípios com recomendação de vacina pode ser conferida no site do Ministério da Saúde. Pessoas que vão viajar para estas localidades também devem se vacinar com, pelo menos, dez dias de antecedência.

Além de seguir as recomendações para imunização, é importante intensificar o combate ao Aedes aegypti nas cidades, para prevenir um possível retorno da forma urbana da febre amarela. Um estudo liderado pelo IOC em parceria com o Instituto Pasteur, na França, demonstrou, em testes de laboratório, que mosquitos fluminenses das espécies Aedes aegyptiAedes albopictusHaemagogus leucocelaenus e Sabethes albipirvus são altamente suscetíveis à transmissão das linhagens virais da febre amarela que circulam no Brasil e na África. A competência vetorial dos mosquitos Aedes também foi verificada em Manaus e, em menor grau, em Goiânia. Confira todos os detalhes do estudo clicando aqui.

Combater o Aedes aegypti é fundamental para reduzir o risco da reintrodução do ciclo urbano da febre amarela, assim como para enfrentar a dengue, a Zika e a chikungunya, lembrando que eliminar os criadouros é uma das principais formas de combater o vetor. Diferentemente das espécies silvestres, que colocam seus ovos nos ocos das árvores, o Aedes aegypti prefere os criadouros artificiais, comuns no ambiente domiciliar. Por isso, é preciso vedar as caixas d’águas, colocar tela nos ralos e descartar adequadamente os objetos que podem acumular água.


Livros:
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O Representante Farmacêutico e a Solidão: Superando pelo Exemplo (Série O Representante Farmacêutico Livro 1) Visita Médica Produtiva: Conexão Emocional A EXPERIÊNCIA (ARTIGOS ESCRITOS COM FOCO NO MERCADO FARMACÊUTICO BRASILEIRO Livro 2) 

Painel Médico: Mantenha o Controle
 Motivação: Estruturação da Força de Vendas - Desenvolvendo equipes na Indústria Farmacêutica Visita Médica Produtiva: Criando uma Conexão Emocional (ARTIGOS ESCRITOS COM FOCO NO MERCADO FARMACÊUTICO BRASILEIRO Livro 1) Liderança: Desenvolvendo equipes na Indústria Farmacêutica - Estruturação da Força de Vendas

Colocando o Painel Médico na Academia: Série Painel Médico Livro 1 

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