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Mosca Tsé-Tsé

Mosca Tsé-Tsé


Atualizado em 22.08.23

A Glossina Wiedemann, 1830 é um gênero de moscas da família Glossinidae (anteriormente integrado na família Muscidae) que inclui as espécies conhecidas pelo nome comum de Mosca Tsé-Tsé, nome com origem nas línguas banto da África equatorial. Há cerca de 34 espécies e subespécies do gênero Glossina.

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A picada da Mosca Tsé-Tsé (Glossina palpalis) provoca sono porque transmite um parasita chamado Trypanosoma brucei. É este protozoário que leva a pessoa a um estado de torpor e letargia. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 500 mil pessoas, principalmente da região subsaariana da África, são infectadas anualmente pelo parasita. Quatro em cada cinco doentes acabam morrendo depois de apresentar sintomas como fadiga, tremor, febre alta, dores intensas e convulsões. No entanto, a doença tem cura e o alto índice de mortalidade se deve principalmente ao atraso no diagnóstico e à falta de tratamento em função do alto preço dos medicamentos. A enfermidade foi praticamente erradicada na década de 1960, mas a interrupção dos programas preventivos, em função das contínuas guerras civis no continente africano, fez com que ela saísse novamente de controle.  Para combater a doença, cientistas tentam criar raças bovinas resistentes ao parasita, já que o gado é o principal hospedeiro do Trypanosoma brucei.



Como muitos insetos, essas moscas não põem ovos, mas sim as larvas, diretamente no solo, onde se enterram. Poucas horas depois elas se tornam pupas (forma intermediária entre a larva e o inseto adulto) com duros casulos castanhos. Após seis semanas estão adultas, prontas para carregar os tripanossomas.




1. O focinho típico está preso no fundo do copo saliente.



2. As asas descansam completamente dobrados umas sobre as outros.



3. A asa tem a forma de um machado com a haste apontando para o peito.



4. O arista (um cabelo longo especial, alguns dípteros).

Existem três grupos desta mosca, todas hematófilas.

É encontrada desde o lago Chade e do Senegal, ao oeste, até o lago Vitória, ao leste. Esta região é banhada pelo Rio Congo e seus afluentes, sendo conhecida como Coração Verde do Continente Africano. A umidade do local favorece o aparecimento de insetos das mais diversas espécies.

Os problemas causados pelo fato deste inseto ser o transmissor da Doença do Sono têm levado as autoridades da área de saúde a cogitar em programas de extermínio.

Suas características principais são:

Tamanho: Até 1 cm de comprimento  
Cor: âmbar com abdômen (na parte de trás) listrado  
Boca: Em forma de tubo delgado  
Cabeça: Apresenta um sulco na frente da cabeça  
Asas: transparentes

A mordida de uma Mosca Tsé-Tsé é uma experiência extremamente desagradável. Não é como a de um mosquito, que pode inserir sua fina língua diretamente no sangue, muitas vezes sem o alvo perceber: a boca dela tem minúsculas serrilhas que rompem a pele para poder sugar o sangue.

A Tripanossomíase Humana Africana (HAT, na sigla em inglês), transmitida por Moscas Tsé-Tsés, podem ser encontradas em 36 países da África subsaariana, colocando em risco cerca de 55 milhões de pessoas no período 2016–2020; destas, 3 milhões de pessoas em risco moderado ou alto, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A infecção ataca o sistema nervoso central, causando distúrbios neurológicos graves. Pode levar ao coma e, se não tratada, é fatal.


1. Definição

De acordo com a OMS, mais de 95% dos casos reportados são causados pelo parasita Trypanosoma brucei gambiense, encontrado nas regiões oeste e central da África. O restante dos casos é causado pelo Trypanosoma brucei rhodesiense, encontrado nas regiões leste e sul da África. Os casos de tripanossomíase humana africana foram reduzidos de 37 mil novos casos em 1999 para menos de mil casos reportados em 2019.

2. Causa

O parasita que causa a Doença do Sono é transmitido para humanos por Moscas Tsé-Tsés infectadas, que procriam em regiões quentes e úmidas. Habitando a vasta savana da África subsaariana, as moscas entram em contato com as pessoas, com o gado e com animais selvagens, todos agindo como hospedeiros dos parasitas trypanosoma.

Embora a doença seja transmitida principalmente através da mordida de uma Mosca Tsé-Tsé infectada, há outras maneiras pelas quais as pessoas são infectadas:

– Infecção de mãe para filho: o trypanosoma pode atravessar a placenta e infectar o feto.

– É possível a transmissão mecânica através de outros insetos sugadores de sangue, porém é difícil avaliar seu impacto epidemiológico.

– Ocorreram infecções acidentais em laboratórios devido a picadas com agulhas contaminadas.

– A transmissão do parasita através do contato sexual já foi documentada.

3. Sintomas

Os sintomas geralmente aparecem poucos meses ou semanas após a infecção. Entretanto, podem ser mínimos ou intermitentes durante os primeiros meses, dependendo da região onde a infecção ocorreu pois a tripanossomíase do leste da África tem período de incubação diferente daquele da tripanossomíase da África Ocidental.

4. Diagnóstico

É difícil diagnosticar a Doença do Sono antes do segundo estágio devido aos sintomas não específicos do estágio inicial. Uma vez que o parasita é detectado, é necessário fazer uma punção lombar para examinar o líquido cérebro-espinhal do paciente. Isso vai determinar a presença do parasita, o estágio da doença, e fornecerá a informação sobre o tipo de tratamento necessário.

5. Tratamento

Por muito tempo, o tratamento da Doença do Sono foi feito com um medicamento derivado do arsênico que, de tão tóxico, leva à morte um a cada 20 pacientes.

Um estudo encabeçado pela Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi), iniciado em 2012, permitiu o desenvolvimento do novo medicamento fexinidazol, totalmente oral e sem graves efeitos colaterais. Seu uso foi aprovado em novembro de 2018, representando uma nova página no tratamento da Doença do Sono.


Importância da prevenção e a possibilidade de urbanização da doença


Quando ocorre uma grande epizootia, o risco de casos humanos acontecerem aumenta, pois a circulação do vírus se torna mais intensa. Porém, é importante destacar que, diferentemente dos animais, as pessoas possuem um meio eficaz de se prevenir: a vacina. A lista de municípios com recomendação de vacina pode ser conferida no site do Ministério da Saúde. Pessoas que vão viajar para estas localidades também devem se vacinar com, pelo menos, dez dias de antecedência.

Além de seguir as recomendações para imunização, é importante intensificar o combate ao Aedes aegypti nas cidades, para prevenir um possível retorno da forma urbana da febre amarela. Um estudo liderado pelo IOC em parceria com o Instituto Pasteur, na França, demonstrou, em testes de laboratório, que mosquitos fluminenses das espécies Aedes aegyptiAedes albopictusHaemagogus leucocelaenus e Sabethes albipirvus são altamente suscetíveis à transmissão das linhagens virais da febre amarela que circulam no Brasil e na África. A competência vetorial dos mosquitos Aedes também foi verificada em Manaus e, em menor grau, em Goiânia. Confira todos os detalhes do estudo clicando aqui.

Combater o Aedes aegypti é fundamental para reduzir o risco da reintrodução do ciclo urbano da febre amarela, assim como para enfrentar a dengue, a Zika e a chikungunya, lembrando que eliminar os criadouros é uma das principais formas de combater o vetor. Diferentemente das espécies silvestres, que colocam seus ovos nos ocos das árvores, o Aedes aegypti prefere os criadouros artificiais, comuns no ambiente domiciliar. Por isso, é preciso vedar as caixas d’águas, colocar tela nos ralos e descartar adequadamente os objetos que podem acumular água.


Livros:
O Representante Farmacêutico - Buscando a Efetividade: 5 Importantes Características (Série O Representante Farmacêutico Livro 2)
O Representante Farmacêutico e a Solidão: Superando pelo Exemplo (Série O Representante Farmacêutico Livro 1) Visita Médica Produtiva: Conexão Emocional A EXPERIÊNCIA (ARTIGOS ESCRITOS COM FOCO NO MERCADO FARMACÊUTICO BRASILEIRO Livro 2) 

Painel Médico: Mantenha o Controle
 Motivação: Estruturação da Força de Vendas - Desenvolvendo equipes na Indústria Farmacêutica Visita Médica Produtiva: Criando uma Conexão Emocional (ARTIGOS ESCRITOS COM FOCO NO MERCADO FARMACÊUTICO BRASILEIRO Livro 1) Liderança: Desenvolvendo equipes na Indústria Farmacêutica - Estruturação da Força de Vendas

Colocando o Painel Médico na Academia: Série Painel Médico Livro 1 

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